segunda-feira, 10 de abril de 2017

História do Carnaval no Brasil e no Mundo.

Mês de Fevereiro

 No mês de fevereiro na atividade cultural de História do Ceeja abordamos a história do Carnaval, seus aspectos, particularidades e temas polêmicos que o cerca.

História do Carnaval no Brasil e no Mundo.

Aspectos históricos:

O Carnaval diz muito sobre a história do Brasil e da antiga sociedade européia.Segundo algumas correntes, o carnaval teria como marco inicial os cultos agrários de povos antigos como os egípcios, persas,fenícios e gregos.As comemorações marcavam o inicio da primavera, quando os povos dançavam ao redor das fogueiras, usando mascaras e adereços para a garantia de uma boa colheita.A festa só surgiu como verdadeira prática pagã(sem crença religiosa) no Império Romano.Depois, foi incorporada ao calendário católico pela igreja e chegou ao Barsil junto à colônia portuguesa.Aqui a comemoração foi encorpada pelas manifestações culturais dos negros que foram escravizados, a grande massa popular no Brasil do século XIX.


Brincadeira portuguesa, com certeza
Em seus primórdios, no século 17, o Carnaval daqui não tinha música nem dança. É daí que veio o costume das “guerras de água”conhecidas como entrudo. Mas a artilharia daqueles tempos muitas vezes era mais pesada, com direito não só a baldes e latas d'água, como também a lama, laranjas, ovos e limões-de-cheiro —pequenas bolinhas de cera fina recheadas com água e outras substâncias que deram origem ao lança perfume.
Jean-Baptiste Debret –   Entrudo no carnaval.


O trio-elétrico é a “criação” mais nova do Carnaval brasileiro. Ele surgiu em 1950, quando os músicos baianos Dodô e Osmar, conhecidos como “dupla elétrica”, equiparam um capenga Ford 29 com dois alto-falantes e saíram tocando pelas ruas de Salvador. Foi um sucesso. No ano seguinte, o Ford foi trocado por uma picape.







A primeira música reconhecida como marcha de carnaval foi “Abre Alas”, composta pela pianista e regente Chiquinha Gonzaga, em 1889, para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. O auge desse gênero musical aconteceu anos depois, entre as décadas de 1920 e 1960, mas isso não quer dizer que as músicas foram esquecidas com o tempo. Os sucessos de um ano eram repetidos nos próximos carnavais e até hoje embalam várias festas pelo país.
Elas faziam a crônica dos temas cotidianos com sarcasmo e bom humor, de tudo que atrai a atenção do povo. Não havia preocupação com questões político-sociais. No carnaval tudo é festa e alegria, pois são dias em que o Brasil está de perna para o ar”, explica.

Quase cem anos após seu surgimento, o aprofundamento da discussão em torno das letras das marchinhas de carnaval ganha força, tendo em vista que o país investe cada vez mais em ações para combater qualquer tipo de discriminação.
Transformismo secular
Outra tradição do Carnaval é o hábito de homens se vestirem com trajes femininos. Há registros do transformismo na folia de rua desde o início do século 20. “A explicação está na própria psicologia da festa, um espaço de inversão, em que se busca ser exatamente o que não se é no resto do ano”, diz a filóloga Rachel Valença, diretora do Centro de Pesquisas da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio.
Mulata
O termo ‘mulato’ vem das palavras em espanhol e português para a mula, que baseiam-se no termo em latim mulus que significa a mesma coisa. A mula é o produto resultante do cruzamento do cavalo com burra, ou seja, passou a aplicar-se ao filho de homem branco e mulher negra. O termo mulata tem raiz baseada em um animal, igualmente como o “criolo”, termo que se usava pra designar os negros antigamente, que também era o nome de uma raça de cavalo.

Imimagem da Globeleza Valéria Valenssa na vinheta de carnaval, trata -a como um pedaço de carne reproduzindo uma sociedade machista e racista onde a mulher negra só tem espaço na televisão brasileira estereotipada e em certas épocas do ano, reproduzindo uma imagem negativa da mulher e que foi reproduzido por muitos anos.


No carnaval de 2017 após forte pressões do movimento negro por causa da imagem negativa que era reproduzida o canal traz uma nova roupagem para a vinheta de carnaval. A globeleza Erika Moura vem vestida ao invés de nua e com o corpo pintado e traz outras pessoas mostrando a diversidade do carnaval brasileiro.
Fontes:


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