sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Alegria, Alegria (Caetano Veloso).


A música Alegria, Alegria” foi lançada em 1967, por Caetano Veloso, marcando o início do movimento Tropicalismo. A canção foi escrita nos “anos de chumbo”, como era chamado o governo do então presidente Emílio Garrastazu Médici. Nessa época estudantes iam às ruas para protestar contra o governo, que destruía as universidades implantando a censura e negação do conhecimento à população. A cultura importada de outros países era uma maneira de alienar a população. Por isso Caetano usa palavras como Brigitte Bardot, Cardinales e Coca-Cola, para simbolizar essa prática. Caetano ficou exilado em Londres por quase dois anos e foi classificado como “persona non grata”, até 1972. “Alegria, Alegria” denuncia o abuso do poder, a violência praticada pelo regime e precariedade da educação no Brasil.




Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento
Eu vou
Eu tomo uma Coca-Cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros

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